Dentes Sensíveis
Para mais de 40% dos brasileiros, tomar sorvete em um dia de calor ou chocolate quente em um dia frio são hábitos não tão prazerosos. Essa é a parcela da população que sofre com a hipersensibilidade dentinária, de acordo com dados do Hospital da Face, em São Paulo. Falamos daquela sensação de dor intensa e imediata quando o dente é exposto ao frio ou ao calor. Conhecida popularmente como “dente sensível”, a condição que atinge 4 em cada 10 pessoas se manifesta especialmente entre os 20 e os 50 anos.
Mas o que está por trás desse choque nos dentes? Para entender melhor o problema, é necessário explicar um pouco mais detalhadamente a anatomia do dente.
A parte que fica exposta acima da gengiva é chamada de coroa. Ela é revestida pelo esmalte, que protege os dentes. Internamente está a raiz, submergida na gengiva. Debaixo dessas estruturas temos a dentina, estrutura repleta de tubos ocos ou canais, que vão até a polpa do dente (o nervo).
Quando a dentina fica exposta a estímulos térmicos ou táteis, por exemplo, o nervo é ativado, levando a uma dor breve, mas aguda.
Alguns fatores podem contribuir para a hipersensibilidade, como a escovação inadequada, cárie, bruxismo e até mesmo o clareamento dental. No caso da higienização, o correto é não colocar muita força ao escovar os dentes. Ao contrário do que muita gente pensa, a intensidade da escovação não deixa os dentes mais limpos, somente desgasta suas estruturas. O correto é escovar os dentes com movimentos suaves e curtos, sem apertar demais a escova. Além disso, devemos ter atenção na escolha da escova, que precisa ser macia.
No caso da cárie, a sensibilidade ocorre porque essa lesão danifica o esmalte do dente, também deixando a dentina exposta. A diferença aqui é que a cárie em si também causa dores espontâneas, pois inflama a polpa do dente. Quem tem bruxismo também pode desenvolver hipersensibilidade porque o hábito de ranger, apertar ou comprimir os dentes gera um desgaste anormal do esmalte.